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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sempre igual, sempre assim

 Gostar de alguém: Sonhar, pensar, planejar, escrever em todas folhas possíveis "fulano e fulana", achar que ganhou o coração do mesmo, ficar em dúvida, deixar para lá, e de repente... chorar. Pronto! Acabou-se, agora é a hora de sofrer.
 Passou? Bem, agora é hora de curtir a vida com os amigos. Se quiser, jure para você mesmo que jamais gostará de alguém.
 Isso! Pode achar ridículo casais apaixonados, bancar o insensível e ter pena de quem sofre... ou melhor, gosta de alguém.
Passou um tempo, você está feliz por não gostar de ninguém, está se sentindo foda, não é? Prepare-se, esse filme irá se repetir.
 Sim, você irá amar, sonhar e chorar outras vezes. Óbvio? Parece que sim.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Imagine

Imagine-se daqui há dez anos: O que estará fazendo? De que forma estará agindo? Pertencerá o bem ou o mal? Você saberá o que fazer para ser alguém feliz? Basta ser alguém que saiba reconhecer as chances que a vida lhe dá. Sem reclamar, simplesmente ter em mente o bem, a felicidade e os objetivos.
Pense bem o que você faz hoje, não se arrependa amanhã.

(...)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Realize-se



Renato Russo já dizia na música "Mais uma vez": "...nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém..." "...quem acredita sempre alcança..."
Olhando meu reflexo no vidro, penso o que devo fazer: Insistir ou insistir? No reflexo, vejo meu rosto, olho-o refletindo tudo o que ainda vou passar para atingir minhas metas. Vejo estampado em meu rosto o que eu quero. Nele vejo que tenho tudo para conseguir, vejo que a determinação e a força existem, aqui dentro de mim e que devo usá-las.
Eu já ouvi tantos discursos para me tirar a coragem, a força e a determinação. Pessoas que não sonham, só desejam ter dinheiro, quase nem pensam nos sentimentos, nada fazem para alcançar nem mesmos os desejos.. sonhos não têm. "..tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá..." E não é por isso que alguém pode se dar o direito de tentar fazer a pessoa que sonha, 'cair na realidade'.. sua realidade, não minha! A minha realidade é de que os sonhos são possíveis, sim! A minha realidade é de gente que estuda, luta, enfrenta, sonha e realiza. A minha realidade são das pessoas amáveis, humildes, sonhadoras, trabalhadoras, honestas e sinceras. A minha realidade não é a sua, não é de ninguém. Pode parecer 'egoísmo', eu sei. Mas cada um tem sua realidade. Se na sua realidade sonhos são bobagens, pois bem, então são mesmo... para você. Não para mim e nem para quem tem um objetivo, uma meta. Siga o ditado: "Quem não ajuda, não atrapalha." Passar bem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um simples sorriso

 Eu sorri, e foi assim que tudo começou.
 Você sabe o que é encontrar alguém que nunca tinha visto antes, e ter a impressão e que o conhece há muito tempo? Eu não sabia.
 De repente, reconheci um olhar, que aparentemente, reconheceu o meu. Foi estranho. Mágico, talvez. Mas foi achando que era bobagem minha, que talvez eu nunca mais veja aquele olhar de novo.
 Pensar nisso me deixa triste. Ou melhor, me deixava.
 Foi em um dia qualquer, em um lugar qualquer, em uma hora desconhecida por mim, que eu ouvi:
- Oi.
 E foi em poucos minutos - também desconhecidos por mim - depois, que eu já estava conversando com alguém desconhecido, até pouco tempo, como nunca conversei com ninguém.
 Bastou outros encontros, outros dias, outras cartas e muitas proibições de um uma época totalmente machista, que eu ouvi de alguém, que era diferente de todo mundo, três palavras que nunca pensei escutar, não naquele momento, eu ouvi, juro que eu ouvi:
- Eu te amo!

sábado, 9 de outubro de 2010

Calças curtas

 O tempo passa tão depressa, as crianças crescem, os adolescentes se aborrecem, os idosos envelhecem e os adultos permanecem... na mesma, por algum tempo.
 Eu me lembro, acho que você também, de como fomos um dia, fomos bebês e disso não lembramos, obviamente, mas nos lembramos quando aprendemos a andar de bicicleta, dos tombos, arranhões, choros e micos, claro, isso não podia faltar... infelizmente. Acho que você se lembra de quando começou a trocar os dentes, do jardim de infância, e de milhares de outras situações que foram surgindo ao longo de nossa vida.
 O passado sempre volta no presente à nossa mente, como se dissesse para voltarmos a ligar para as coisas simples da vida, ou ele pode ser um zombador, ou um malvado, nos lembrando de quando não tínhamos problema algum e que nunca iremos voltar para este tempo.
 O tempo não pára, não parou, e nem vai parar, nem para mim e nem para você, seja quem for, as 'regras' são as mesmas.
 A questão é: o passado é nosso aliado, no presente, para fazermos o que não fizemos, acertar o que erramos e ajudar no futuro. Passado, presente e futuro se encontram sempre. E cabe a nós fazermos o certo. O certo para você, pode não ser o certo, mas acho que ninguém sabe o que é certo realmente.
 Enfim, podemos não saber o que vem pela frente, mas sabemos o que foi no passado e é através do presente que você, somente você, pode fazer alguma coisa. Sem desculpas ou dúvidas. Não é assim tão difícil de entender. Ou é?
 Bem, se parecer complicado, esquece isso, faça do seu jeito.
 Lembre-se das vezes que você cresceu e suas calças ficaram curtas, e então, a situação se repetiu, e o que sua mãe fez em todas as vezes?
 Ela te deu uma calça maior, pois a calça velha já era pequena demais para você usá-la.

domingo, 3 de outubro de 2010

Momento sombrio

Momentos como este
Em que me encontro fazendo rabiscos
As palavras fogem de mim
Mas não vou de encontro a elas
Elas voltarão na hora certa
Só espero que volte
Estou pela metade
Sem minha criatividade
Estou aqui aguardando
Criatividade, por favor, quando for a hora, volte!
Não demore, não sou de ferro
O tempo está passando...
...o tempo não para.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tudo que a guerra causou

Era início do século XX. Éramos eu e mais três irmãos, meus pais viviam bem, eram felizes, trabalhavam muito para nada faltar para nós. Até um dia, que eu ouvi, pela madrugada, antes do nascer do Sol, um barulho, que não sabia o que era. Foi um som muito alto, altíssimo. Meus pais pareciam que sabiam, que aquilo poderia acontecer, mas não iriam contar para uma menina de dez anos, querendo proteger a mim e meus irmãos. O barulho de que ouvi foi de uma granada. Haviam também soldados, não os vi, naquele momento, só depois, quando meus pais vieram correndo buscar eu e meus irmãos para fugirmos de lá. Fugimos, passamos fome, mas a guerra atingiu a cidade inteira. Tivemos que fugir da cidade, viajamos de barco, meu pai depois me contou de que estavámos indo embora do nosso país, talvez nunca mais voltaríamos para lá. Fiquei triste, e ele então me contou, que nós iríamos para um lugar calmo, que não fazia tanto frio, como aonde morávamos. Fiquei mais contente - ou conformada. Mas não queria ter que abandonar meu país. Mesmo que na época tinha apenas dez anos.
Quando chegamos nesse novo país, conheci pessoas novas, estavámos em paz lá. O tempo foi passando, eu fui crescendo, parecia que todos tinham se adaptado bem a este país... menos eu. Não era somente o fato da língua ser diferente, eram tantas coisas, que nunca consegui explicar. O tempo foi passando, formei minha família, amava meus filhos, mas o marido já não amava mais, nos separamos.
Fui então, morar em outro país, com meu namorado, deixei nesse país estranho - para mim - minha família. Tentei substituir, pois neste país que eu e meu namorado fomos, falamos a mesma língua de lá na minha terra. Mas não consegui, é impossível conseguir, ao menos para mim. Ainda sinto saudades, ainda não me adaptei, ainda quero voltar para casa... Mas a idade avançada, já não permite que isso aconteça. Ainda choro por tudo que aquela guerra causou.