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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Aqueles momentos de saudade

 As coisas parecem que não mudaram somente pra mim. Há tempos suas fotos não têm sorrisos e as minhas são todos forçados momentos sim e momentos mais ainda. Chega esta hora da madrugada e bate uma saudade, uma falta de falar aquelas coisas bobas com você. Lembro-me, nessas horas, das vezes em que te liguei só para ouvir sua voz, nem que fosse um “Alô?” e desligar, e esperar seu retorno com um: “Oi, quer falar comigo?" e então, tentando não gaguejar, dizia qualquer futilidade.
 Lembro das vezes em que te cumprimentei nem que com um sorriso distante, por vergonha, medo, insegurança… Recordo-me de quando ficávamos trocando olhares e minha vontade era de ir correndo até você. Mas não podia. E você sabe porquê. Apesar destes últimos meses que prometi seguir e não lembrar do que ocorreu, ainda espero que voltemos a nos falar, apesar de qualquer coisa que tenha acontecido, fico me recordando de como se senti completa quando conversava contigo. Eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, não conseguia parar de sorrir e meu coração disparava ao te ver. Quando alguém me pergunta sobre alguém especial é você que vem em minha mente. Ainda.

domingo, 28 de agosto de 2011

Blog faz 2 anos hoje!

 Hoje, 28 de agosto, o Palavras não vão dizer completa dois anos, com mais de vinte mil acessos (esses que vem de muitas partes do mundo, principalmente Estados Unidos, Portugal e Alemanha), mais de quarenta seguidores e vários comentários de pessoas que me fazem continuar escrevendo. Já pensei muitas vezes em desistir, deletar o blog e não escrever mais, mas sempre depois desses pensamentos recebi elogios maravilhosos que me fizeram desistir de desistir. Para todos vocês que lêem o blog, um muito obrigado!

 Selecionei dez posts deste último ano, com ajuda de alguns amigos leitores do blog.
 Obrigada por acompanhar o blog. Volte sempre.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Surpreendentemente bem

Sei. Sei de tudo - ou parte do que devo saber para ter certeza de que isto seria uma loucura. Mas... Bem, hoje eu insisti, conversei, fingi rir, menti e fui sincera, tentando ver o que iria acontecer, tentando não estragar seja de que modo fosse para o sim ou o não, tentando não pronunciar o que poderia ter dito meses atrás. Não disse e não direi. Minha conclusão chegou, passou, retornou, foi e voltou, de novo e de novo, várias vezes. E é a mesma daqueles dias de escuridão interior ou exterior, não sei ao certo, mas foi escuro e molhado. Molhado, encharcado com minhas lágrimas.
Mas isso tudo, olhando assim distante, do agora para o passado, foi uma bênção. Sim, eu realmente acho isso, e creio que não fará falta. Não fará, nem um pouco. Sei que não fez mínimas cócegas de saudades em você. Talvez no início, mas já não é início há tempos.
Sabe minhas lágrimas, minha saudade, angústia e tristeza? Ela serviram para me mostrar que o amanhã é um presente dado todos os dias. Por que só ele poderá arrumar o ontem fundo do poço nem tão fundo assim. De onde estou consigo enxergar o invisível, imprevisível e surpreendentemente melhor. Eu já disse muitos adeus em vários textos, neste não direi absolutamente nada. Assim fica bem, como eu também fiquei.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Reticências

 Sei que minha história não é normal, já a contei milhares de vezes para muitas pessoas e, a maioria delas, disse-me que é linda, uma linda história. Até mesmo o Sol está mais perto de mim. Pelo menos posso vê-lo. Mas dizem que quando há amor, seja pelo o que for, não há distância.
 Sinto o quão forte é e sempre foi para mim. Estou tentando escrever algo sobre o assunto, mas é tanto amor que, ah! enche o cérebro de ideias a ponto de esvaziá-lo. Há tanto e tão pouco para ser dito...

domingo, 14 de agosto de 2011

O cara sortudo que chamo de pai

 Meados da década de 1960 e um dia normal, como todos os outros, sem grandes surpresas. Um pré-adolescente brasileiro, pele clara, olhos azuis claros e cabelos vermelhos. Vivia a época de ouro do mundo da música sem ao menos perceber. Pediu dinheiro aos seus pais para ir ao cinema, como de costume, sem imaginar o que aconteceria nos próximos momentos do dia. Logo após o final do filme, cenas de quatro rapazes marcaram sua vida. Quatro rapazes de Liverpool, Inglaterra, que não encantaram somente ele, como o mundo todo por décadas e mais décadas. Bem, você já sabe de quem estou falando.
 Depois de enlouquecer ao som dos Beatles, foi ao cinema todos os dias em que pode para assisti-los. Após algum tempo, comprou alguns LP's e, enquanto a música tocava, caminhava cuidadosamente sobre o assoalho de madeira em sua casa para tentar evitar de que a agulha da vitrola pulasse, o que atrapalharia, obviamente.
  E assim foi, anos após anos e os Beatles acompanham até hoje ele e seus filhos.

 Esse pré-adolescente da história tem hoje 61 anos, se chama Adair e é meu pai. Eu o considero um dos cara mais sortudos do mundo, e o mais sortudo que conheço. Viveu uma época maravilhosa, o qual queria muito ter vivido. Ao pensar em escrever algo para ele para os dias dos pais, só tive a ideia fixa de contar um pouco da história que já ouvi trilhões de vezes, mas é a minha preferida e gosto sempre de ouvir e imaginar como deve ter sido, mesmo que no Brasil, bem longe da Inglaterra.

Feliz dia dos pais! Eu te amo, pai beatlemaníaco!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O mundo e sua gigantesca confusão

 Parece meio clichê, mas o mundo precisa de ajuda. Ao mesmo tempo que há desenvolvimentos, há também a sensação o regresso de opiniões, situações e sentimentos. Não sabemos, ao certo, sobre nada - ou sabemos nada sobre tudo. O mundo regrediu e evoluiu em aspectos.
 Precisamos achar a saída. E, acredite, ela está dentro de cada um.

domingo, 7 de agosto de 2011

Novos ares

Tenho me jogado no mundo da música e do humor - bom humor - até tenho escrito um pouco, de vez em quando, e lido uns capítulos de um livro e só voltar a lê-lo semanas depois. Sem pressa e sem compromisso. Uns dias atrás marquei de ir ao cinema com uns amigos e resolvi tirar um cochilo, esse que durou a tarde inteira e acabei perdendo a hora. Ando assim, ultimamente, não ligando muito para as coisas, só no que é necessário. Estou, no momento, falando bobagens quase que o tempo todo e saindo um pouco do mundo sério, assistindo programas humorísticos na televisão todos os dias para me sentir melhor. Mergulhei na esperança de que os dias andem mais depressa. Certo. Acho que quanto mais odiamos esperar, mais esperamos. Ou o tempo passa mais sofrido. Eu não sei. Mas sinto que há algo para acontecer, há algo novo e tudo vai mudar. Sabe, bate aquele medo e a ansiedade do novo e de perder oportunidades, essas coisas de gente que pensa demais, sofre demais, se maltrata demais - como eu.
Eu sei lá, mas dizem que quando você perde o convívio com alguém, por qualquer motivo, é porque Deus tem planos novos para você, resumindo: Se uma pessoa saiu de sua vida, significa a chegada de outra. E todo mundo sabe que quero muito isso, quero pessoas novas na minha vida. Novos ares.
Bom, você pode dizer que sou insensível ao ponto de não ligar que perdi o convívio com alguém, eu ligo e muito. Meus textos anteriores mostram isso: um mês e meio com lágrimas nos olhos. Mais de quarenta dias de tudo dando errado. Mas a vida virou, ou melhor, está virando. Eu tenho sonhos, metas, objetivos - como quiser chamar. Não posso parar.
Eu vou. Vou indo. Todos andam sem mim; uma infinidade de pessoas me deixaram como quem muda de rua sem olhar para trás. Continuaram. Irei fazer o mesmo. Estou fazendo - apesar de estar um pouco desajeitada com isso. Vai ver que é isso que se tem de fazer na vida: enjoou de alguém, vire a esquina, vá em frente e ela que se "arrebente". Não, não farei isso, mas como dizia Chaplin: "Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo". As pessoas são tão frias, trocam as outras tão fácil sem ao menos se mostrarem arrependidas. Não devemos nos abalar tanto com isso, essa atitude prova que se ela agiu assim, nunca mereceu sua companhia, nem mesmo um cumprimento seu. Nem mesmo.
Caio Fernando Abreu disse: "Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente". Estou indo. Bom, as coisas não serão tão novas da noite para o dia, irão demorar uns meses, mas chegarão e quando chegar, poderei mandar o recado: Isso não me parou.