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terça-feira, 31 de julho de 2012

Sobre vício em solidão

 Já reparou como alguns comportamentos nossos viciam? Hoje quero falar de solidão. Muitos temem, muitos apreciam embora, às vezes, assim... só de vez em quando, choram e outros amam-a.
 Em qual me encaixo? Após muito chorar por me sentir sozinha, rejeitada, fora do meu lugar e todas essas histórias de gente solitária - mas que não deixam de ser verdade - eu aprendi a apreciar a solidão. Pois sozinho a gente se encaixa, reorganiza as ideias, faz uma guerrinha ou então uma guerra categoria universal (mundial é pouco) em nossa mente, mas sempre depois dessas "guerras" há alguma revolução, algo muda e, geralmente, para melhor.
 Solidão dá uma tristeza danada? Lógico que sim. Mas acostumar-se com ela tem lá suas vantagens, poucas mas têm. Uma delas é sobreviver sem precisar de alguém durante algum tempo. Pessoas que não estão acostumadas com a solidão ficam tristes com qualquer "abandono" que possam sofrer, nem que seja por algumas horas; grudam em seus amigos e agem como se um dependesse do outro.
 Acredito que eu não conseguiria ser assim, sabe? Não sei me apegar de tal modo às pessoas. Sou um pouco fria, às vezes. Não sei demonstrar, não sei dar um abraço e dizer que amo muito aquela pessoa, não sei agradecer nem demonstrar gratidão. Apesar de, algum modo, depender de algumas; não do tipo "sem ela não vou viver" e sim "sem ela será mais difícil viver". Pois todo mundo sabe que, sem algumas pessoas, a vida perde a graça, mas viver - ou sobreviver - sem elas é perfeitamente possível.
 Mas como eu ia dizendo no início do texto, a solidão é um dos sentimentos/comportamentos que viciam. Quanto mais sozinho ficar, mais solitário se tornará e, com o tempo, começará a gostar disso - acredite. Apesar de ser perfeitamente compreensível que isso ocorra, é também perfeitamente aceitável que haja uma certa preocupação.
 Sentir-se só é terrível, ficar só é confortável. Mas por favor, não exagere.

sábado, 28 de julho de 2012

Mormente

 Ah! cansa, a vida cansa. Depois revigora, te dá ânimo e, logo depois, te bota para baixo, derruba-te no chão; te faz girar, te faz ter enjoo, te faz vomitar; te faz animar, te faz flutuar, te faz amar.
 Ah, vida! Tão bonita e tão complicada; tão secreta e tão óbvia; tão aberta e tão fechada. 
 Ah! Quem dera entender, apesar dos apesares, que ela apenas nos diz o tempo todo para não temer e, sobretudo, aprender a viver.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ser livre, livre ser.

 Eu não tenho casa fixa, não. Sou uma simples filha do mundo, gosto de culturas, pessoas, lugares diferentes. Amo a ideia de que "não precisamos viver em uma bolha" e a levo a sério. Isso me soa, ou melhor, isso me grita liberdade. E a liberdade é um objetivo a ser alcançado por todos, tanto de corpo quanto de consciência.
 Ser livre é ser aberto a novas ideias, é saber mudar de opinião quando percebe que a sua está errada, é não temer mudanças e sim que as coisas nunca mudem. Ser livre é uma espécie de felicidade, é pensar por si e não aceitar que alguém diga absurdos diminuindo sua capacidade de pensar e analisar o quão idiota isso lhe parece, é raciocinar.
 Mas acho que ainda não sei o que é ser livre, sabe? Pois liberdade é uma palavra tão leve e bonita que soa tão forte e esquisita. Suponho que, acima de tudo, ser livre é não ter definições.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Angels

Anjos... Ah, como eu amo os anjos. Mas não de uma maneira visual pré-definida, não. Amo-os pelo que são e o que representam pra mim.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Inferno gelado

Ali, bem perto
Aqui, distante,
vazio e agonizante.

Sentir saudade do que não viu,
sentiu, ouviu;
Sentir-se só em um mundo lotado,
à beira de um precipício,
onde é difícil achar saída,
encontrar abrigo.

Ruas com poças de água da chuva,
verdadeiro inferno gelado na Terra;
cai uma garoa agora, o frio corta meus lábios,
seca minha garganta, congela meus dedos;
estou impossibilitada de falar, gritar, me segurar
mas ainda me é possível pensar e manter o foco:
sempre em frente, sempre enfrente...

Caminhos escuros com situações insuportáveis
daquelas que se pode suportar;
caminhos calmos e belos
daqueles que todos querem seguir.

Escolhas não são fáceis
mas a luta é válida
e o destino é promissor.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Outras frequências

  Se eu dissesse que estou em um momento em que a opinião alheia não me afeta muito, você acreditaria? Bem, é verdade, estou mais ou menos assim.
  Não me importa se está frio ou calor, chuva ou sol, eu não vou reclamar. Não me importo se o lugar onde moro não é tão bom quanto o seu, não me importo se viajei muito ou não, se tenho coisas melhores ou piores... Não quero saber da sua opinião sobre isso, não preciso delas. 
 Não me importo de ficar em casa o final de semana inteiro dormindo, passando horas em frente ao computador, comendo porcaria sem preocupação, lendo, estudando ou assistindo televisão. Também não me interessa sair no sábado a noite nem se todos irão menos eu. Não me importo se algumas pessoas pensam que estão "vivendo mais" do que eu.
  Sabe o que acho? Está faltando personalidade. Todos querem fazer o que todos fazem.
 O que estou fazendo da vida? Aprendendo, talvez ensinando, sonhando e realizando, acima de tudo mantendo o foco. Há um tempo adotei a política do "se não quer, não faça" e estou gostando muito dela.