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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Tudo parou.

Hoje é mais um daqueles dias pertencentes àquelas fases da vida que parecem fins precipitados que apareceram no meio do caminho, ou antes do meio. Disseram que é preciso aceitar o que se sente para deixa-lo ir. Eu aceito e transformo meus olhos em duas nascentes de lágrimas, formo meu rio e vejo que tristeza é menos do que isso. Confesso-te que meu peito dói, se aperta e se contorce. 
O verão arde e queima como um inferno, a beleza de seus dias ensolarados não consigo mais perceber. E torço para que chova! Que chova muito e que o céu faça muito barulho; que em cada trovoada eu sinta meu corpo mais leve e que leve minha dor. O grito dos céus traz alívio, arranca todo o mal que há na gente e leva embora, mesmo que momentaneamente. É como se cada relâmpago e trovão revelasse uma parte de mim que não consigo demonstrar. As tempestades gritam por mim. 
E, em meio a lágrimas, clamo por ajuda. Que eu consiga ver a luz por trás dessa energia negra, que eu consiga sair! Os céus hão de me ouvir! Amar é mesmo quase morrer.