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domingo, 16 de junho de 2013

Até o fim

     Não adianta chorar, bater pé, rezar para dois mil santos diferentes, fazer promessas, não adianta. A única solução é enfrentar de frente com toda a coragem que existe em meu corpo, mente e espírito. Se é para ser assim, deverá ser. Se é esse o jogo, estou oficialmente nele. Se estou numa corda bamba, vou caminhar de início, às vezes cair mas, depois de um determinado tempo, irei correr. E depois de correr? Bom, se me conheces, já sabe: voar. 
      Eu bem quero chorar mas não consigo e deve ser por que, no fundo, sei muito bem que não é essa a melhor coisa a se fazer. Não é. Eu não estou triste e sim com medo; você sabe o que se deve fazer quando sentir medo? Reagir. Chorar não é reagir. Ninguém reage com gotas d'água caindo dos olhos, todo mundo reage agindo de novo (re-agir).
      Não faço ideia se tenho ainda apoio alheio, realmente não me interessa. De verdade. Quero que você saiba e entenda, amigo: numa batalha, todos lutam por sua sobrevivência. Apenas por ela. Lute pela sua. Eu vou lutar pela minha e estou aqui para ajudar quem precisa - e não, isso não foi uma contradição. Ajudar é diferente de te carregar no colo e dizer "descansa, estamos quase chegando". Ninguém vai fazer isso por ti, mesmo querendo. A tarefa é sua. Ajudar é basicamente receber uma mão para te levantar, um ombro amigo para chorar e uma companhia para comemorar.
       E, se depender de mim - como diz aquela canção -, eu vou até o fim. 

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