Meu vazio é cheio de espinhos. Recordo-me de quando era criança e dos espinhos que me machucaram e o quanto doeram, minha avó retirava-os todos com uma pinça e a dor ia por água abaixo. A diferença é que, agora, não há ninguém para retirá-los de mim e eu não consigo fazer isso sozinha.
Se alguém me abraça, me aperta, e os espinhos cravam-se mais e mais em mim. Abraços já não me confortam. Absolutamente tudo me faz sangrar. Caminhar, deitar, em repouso ou em movimento, nada importa. Dói. E eu não aguento mais sentir dor.
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