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domingo, 24 de maio de 2015

Mais uma vez

Hoje foi mais um daqueles dias estranhos, com cheiro de morte, onde se passa vinte e duas das vinte e quatro horas do dia na cama.
Não sei. De repente tudo se perdeu. Eu perdi o sentido. Chorei e confessei em voz alta que temia perder o que mais desejava realizar na vida. E horas depois estou aqui com um sentimento estranho. Estou vazia.
Veja bem, eu não amo ninguém, não consigo me ver capaz de criar nenhuma criança nem gostar dessa ideia e realizar meu sonho ou não realizar parece que não faz diferença. Essas três coisas são os pilares da minha vida e eu os perdi. Eu sei que é bem provável que seja mais uma das milhares crises existenciais que tenho, mas... Meu Deus!! Eu não suporto mais ter que conviver com isso! É muito difícil estar bem num momento e terrível no outro, então ficar bem de novo e cair outra vez. 
Além das duas doenças crônicas que tenho e preciso levar junto comigo na mala para onde eu for, penso que tenho depressão. Ou estou deprimida. Talvez eu seja bipolar! Bi-po-lar! Deus!! E eu penso isso pelo simples fato de que uma hora estou com a cara enterrada no travesseiro, o vento muda e de repente pulo da cama e vou malhar na academia. Ou então estou de saco cheio com meus amigos, olho para o lado e de repende mando mensagem para todos eles dizendo que os amo muito. Ou então eu falo que desisti de tal pessoa, passam-se dois minutos e lhe dou mais uma chance. Dizem que são coisas típicas da adolescência, mas eu nem sei se ainda sou adolescente. Já pesquisei isso, antes que você pergunte, mas cada organização tem uma definição diferente. O que quer dizer que para algumas organizações eu sou adolescente, para outras não. Por exemplo, para meus pais, está bem claro que nem criança deixei de ser - eles me deixaram isso claro meses antes do meu aniversário de 18 anos quando achei que podia, finalmente, mandar em mim. Não posso. Talvez eu nunca vou poder. De alguma maneira, todos somos dependentes de algo e manipulados feito marionetes. Ah, e somos cobaias de diversos experimentos também. 
Anyway, já me perdi em meus próprios pensamentos e acho que minha crise vai passar em pouco tempo, outra vez. O lado bom é que sempre passa, o lado ruim é que SEMPRE volta.

4 comentários:

  1. Eu apaguei a minha cronologia, para não voltar no teu blog... Porque toda vez que leio um texto teu, agradeço por não ter uma pistola em casa. O que escreves é lindo, mas é tão triste.

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    1. Querido, anônimo. Há algum tempo aprendi a não carregar as dores alheias em minhas costas. Agradeço a Deus que não possuas uma pistola em tua casa. Mas, se tens o desejo de utilizá-la contra você mesmo, pense bem: o problema não está no que escrevo, está no que sentes ao lê-lo porque há algo no teu interior que precisa ser melhorado. Agradeço pela parte em que dizes que o que escrevo é lindo e é para ser mesmo. Mesmo se for triste. Há um pouco de beleza em cada canto da nossa vida. Se é triste, é por que eu estava assim ou por que recebi uma intuição para escrever tal coisa. Nem tudo que escrevo é triste, assim como nem todas músicas que ouço são. Mas as pessoas insistem em ver tristeza onde há calmaria, reflexão, autoconhecimento. São micro aprendizados do meu cotidiano, os compartilho para serem apreciados, não para servirem de regra nem influência para ninguém. Se assim te sentes, então peço para que não leia o que escrevo. Volte quando resolveres o que te perturba em ti, assim poderás ler sem qualquer tipo de identificação e poderás entender o que tento passar. Gracias!

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    2. Não tenho intenção de me matar... era só uma piada, mas talvez não devesse brincar com esse assunto. Gosto muito do que escreves, acho bem escrito e é um prazer ler, mas não posso negar que me afeta meu humor. A tristeza não é um sentimento negativo, nenhum sentimento é. Desculpa se o primeiro comentário foi desajeitado e bobo, minha intenção era fazer um elogio. Beijos.

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    3. Não precisa se desculpar. :)

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